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A Vila Maria Zélia

A história da vila

  • Inaugurada em 1917, a Vila Maria Zélia começou a ser construída em 1912, pelo médico e industrial Jorge Street, para dar abrigo aos 2500 funcionários que trabalhavam na filial do Belenzinho da poderosa tecelagem Cia Nacional de Tecidos da Juta, cuja sede estava localizada nas imediações da Rua Gabriel Piza, em Santana.A matriz era um sucesso, com funcionários trabalhando em tempo integral e a fábrica produzindo a todo vapor, inclusive em capacidade máxima, o que levou o empresário a ampliar suas instalações, optando por uma região como o Belenzinho que já recebia muitas indústrias à época e que poderia rapidamente dar abrigo a uma nova instalação industrial.

  • Para projetar a nova vila operária, Street , procurou na Europa um arquiteto que pudesse colocar na prática a sua ideia de instalações dignas, que não fossem caridosas, mas sim compatíveis com a sua visão de justiça social. Foi ai que a escolha recaiu para o francês Paul Pedraurrieux, que optou por inspirar-se nas vilas estrangeiras que estavam sendo construídas naquelas primeiras décadas do século 20, cuja inspiração não estava somente no plano de ruas, mas também presente nas edificações residenciais, escolas, e nos estabelecimentos comerciais que haveriam de ser construídos no local.

  • Uma vez inaugurada, a vila foi rapidamente ocupada pelos operários que já trabalhavam na fábrica ao lado.

  • Já a fabrica  por sua vez, era tão grandiosa nos números como sua matriz no bairro de Santana. Em suas instalações destinadas a fiação, tecelagem e estamparia de algodão, a fábrica da Maria Zélia possuía no seu início de 2000 teares e 84 mil fusos, além de cerca de 3000 motores elétricos cujo funcionamento tornava a empresa uma das maiores consumidoras de energia elétrica da capital. Trabalhavam na época 2500 funcionários, que somados aos 3500 de Santana atingiam um total de 6000 funcionários no grupo.

  • Apesar de todo este crescimento vertiginoso e da produção indo de vento em popa, o empresário acumulou dívidas cujo pagamento começou a se complicar. Para liquidar parte delas, Jorge Street decidiu vender a vila e a fábrica em 1924. Tudo foi comprado pela família Scarpa que ao tomar posse da vila imediatamente optou por mudar o nome do local, que passou então a ser conhecido como Vila Scarpa.

  • Em 1929, com a crise financeira que assolou o mundo e o Brasil, a família Scarpa também sofre com dificuldades para pagar algumas hipotecas. E é assim que o Grupo Guinle toma posse do local e reestabelece, tão logo assume a propriedade, o nome original Vila Maria Zélia.

  • Os grandes problemas da vila começariam na verdade na virada dos anos 30, quando devido a débitos fiscais com o Governo Federal a vila e a fabricam são confiscadas pelo IAPI (atual INSS).

  • Após ter passado para o governo a fábrica é desativada em 1931. Ela permaneceria fechada por oito anos até ser comprada em 1939 e reaberta como a Goodyear. Durante este ano os moradores puderam permanecer no local sem pagar, já que era procurado um destino para os imóveis residenciais. A partir de 1939 os moradores do local tornaram-se inquilinos, pagando aluguel ao IAPI até o ano de 1968, quando finalmente foram autorizados a comprar os imóveis em que moravam através do sistema BNH.

  • Já no caso dos prédios funcionais (as escolas e os armazéns) eles permaneceram (e permanecem até hoje) como propriedade federal do INSS.

  • A capela local é administrada pela Paróquia de São José do Belém. As escolas e o armazém estão abandonados há décadas, mas a capela tem funcionamento normal.

   

  • Nascida em março de 1899, a bela jovem Maria Zélia Street era filha de Jorge Street, que ao todo teve seis filhos. Ela faleceu em 12 de setembro de 1915, quando a vila ainda estava sendo construída. Ao perder a filha tão jovem o empresário decidiu colocar o nome dela na vila como forma de homenagem. Ela está sepultada no túmulo da família localizado no Cemitério da Consolação.

Nome Maria Zélia

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