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Daniel Henrique

O grupo foi formado, antes mesmo de um conhecer o outro, acredito que antes disso poucas palavras foram trocadas. Com o passar dos dias, iniciamos a busca por um tema interessante e a melhor ideia foi a do Murilo: Festa Junina Vila Zélia, uma festa tradicional no bairro Belenzinho, localizado na Zona Leste de São Paulo.

O dia que marcamos para fazer a visita ao local do trabalho, acabou sendo mais um acerto pois estava um dia de temperatura agradável. Eu, Leticia, namorado da Leticia e Ketlyn combinamos de nos encontrar as 17h na frente da Estação Celso Daniel. Neste dia, acordei as 10h47, levantei e aguardei o almoço, o prato do dia era arroz, feijão, batata frita, bife e salada de tomate, depois de almoçar fiquei brincando com meus sobrinhos, Samuel e Gabriel, no quintal.

As horas foram passando e já era hora de começar a me preparar para me encontrar com o pessoal do grupo. Tomei banho e vesti uma camiseta vermelha, calca preta e tênis preto, levei minha mochila com caderno para caso necessitasse fazer alguma anotação, acabei nem usando pois anotei tudo no bloco de notas do celular. Sai de casa as 16h15 e fui andando ate o ponto, na rua haviam crianças brincando e a vizinha da frente estava fazendo churrasco. No bar da esquina, vários homens estavam jogando baralho e sinuca. Esperei no máximo 5 minutos no ponto de ônibus, peguei o trólebus 285 – Santo André, pelo dia e horário o ônibus estava vazio, tinham lugares disponíveis, mas resolvi não sentar pois eram apenas quatro pontos de distancia ate o centro. Desci, atravessei a estação de ônibus e fui ao ponto de encontro na estação de trem, neste trajeto pude observar o centro da cidade muito cheio pois era um horário em que as pessoas estão saindo do trabalho ou estão indo ao shopping.

Estacão Celso Daniel - Santo Andre

Quando cheguei na frente da estação, as 17h, vi a Leticia e seu namorado, esperamos mais alguns minutos e a Ketlyn chegou. Compramos o bilhete de trem com um moco que vendia na frente da estação por R$3,00. Pegamos o trem sentido Brás, no trem pude ver diversas pessoas diferentes que por sua vez estavam conectadas de alguma forma: sejam as que estavam voltando do seu trabalho para retornar a sua casa, sejam jovens que iam ao encontro de amigos para celebrar mais um fim de semana ou aqueles que utilizam o trem como seu ambiente de trabalho vendendo doces, a paisagem estava muito bonita pois estava perto da hora do Sol se por.

Vista da janela do trem

 Descemos no Brás e pegamos o metro sentido a estação Belém, onde iriamos encontrar o restante do grupo. Chegando lá, nos encontramos com Murilo e a Juliana, sentamos no chão da estação e esperamos mais um pouco, após alguns minutos todos se encontraram.

Eu, Talita, Murilo, Juliana, Isabela, Leticia, Ketlyn e Victor

Para ir até a Vila Maria Zélia precisamos pegar um ônibus, o motorista estava nervoso, não parecia estar em seus melhores dias, ele estava dirigindo bem rápido e fazendo o cominho de forma brusca, tanto que passou direto do ponto que íamos descer. Depois que descemos, andamos um pouco até a Vila. O bairro estava com algumas decorações de Copa do Mundo.

Rua decorada para Copa do Mundo

Quando chegamos a Festa Junina, já nos encontramos com o Seu Dede que nos contou que a Vila já foi usada como cenário de um clipe da Anitta e de um dos primeiros clipes dos Mamonas Assassinas, o mesmo nos disse para visitar e conhecer um pouco mais a Vila. As ruas do bairro pareciam tranquilas, em uma das ruas haviam alguns jovens conversando e fumando narguilé no meio da rua. Observamos as casas e as construções, que em sua maioria são antigas, uma delas até tinha um carro amarelo antigo.

Carro amarelo antigo 

Depois de andar pelo bairro, voltamos para a área da Festa, lá encontramos a Camila que é presidente da Associação Cultural que nos levou para conhecer uma espécie de museu que conta a história da Vila Maria Zélia, foi lá que encontramos a Rose que nos contou mais fatos importantes sobre a história do local. Observei que a Vila Maria Zélia já contribuiu até para meu time do coração: o Corinthians.

Jornal antigo: “Maria Zélia chegou a montar um super time para o Corinthians”

 Saindo do Centro de Memorias, voltamos a festa que já estava bem cheia e tocando samba. As pessoas que estavam na festa eram, aparentemente, de classe média em sua maioria brancos. Os carros que passavam no entorno da festa eram carros novos e não populares, reforçando mais uma vez o poder aquisitivo daqueles que ali estavam.

Como o caminho de volta era longo, por volta das 21h fomos a caminho do ponto de ônibus. Depois que entramos no ônibus sentamos no fundo e fomos conversando ate a estação de Metrô. Após pegar o metro sentido Palmeiras Barra Funda, descemos no Brás e pegamos o trem sentido Rio Grande da Serra.  A Ketlyn reconheceu uma moca que estava sentada a nossa esquerda, talvez a moca tenha percebido. No meio da viagem, um senhor negro de aparentemente 65 anos pedia ajuda pois estava com dificuldades para conseguir emprego. Descemos na estação Santo André, nesse momento eu, Leticia e seu namorado e Ketlyn nos separamos. Fui em direção a estação de ônibus e peguei o 285 – sentido São Mateus, desci na parada Bonfim e fui andando ate minha casa. Lembra do jogo que acontecia no bar da esquina? Acho que não acabou muito bem pois na volta, as cartas estavam todas espalhadas pelo chão da calcada.

Cartas de baralho espalhadas

Nesse horário, já não havia mais ninguém na rua e os estabelecimentos que estavam abertos eram apenas a farmácia e a pizzaria. Ao chegar em casa, mandei uma mensagem para minha namorada e decidimos sair para jantar. Fomos ao restaurante mexicano “Si Senor”, após isso fomos embora pois já era tarde.

Após de exercício de observação pude entender o quanto as memorias de um povo e da vila são tratadas com atenção ate hoje, seja nas construções da vila que não foram modernizadas e na manutenção de uma festa tão tradicional.

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