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Minha Experiência - Letícia Nogueira Sousa

O evento foi escolhido após pesquisas de eventos de todos os componentes do grupo, dentre todas as sugestões, ficamos curiosos por conhecer a quermesse da Vila Maria Zélia, pois o Murilo havia dito que era uma vila tombada como patrimônio cultural, diante disso, ficamos intrigados em conhecer uma festa junina de um ambiente que é considerado patrimônio cultural.

 

No dia do evento, 23/jun, acordei ansiosa, primeiramente porque nunca tinha andado de trem, e também pois estava muito curiosa para as novidades que iriam ocorrer.

Comecei a me arrumar às 14:30 da tarde, gostaria de ter começado mais cedo, porém, estava ajudando minha mãe a arrumar a casa e acabei me atrasando um pouco.

A decisão de qual roupa ir fiz rapidamente, apesar de não saber se deveria ir com roupa a caráter. Para ficar em um meio termo, coloquei um vestido preto, uma meia calça preta, e uma camisa xadrez grande por cima.

Sai de casa em direção a praça Brasil no centro de São Bernardo do Campo, às 15:13 para encontrar meu namorado, que aceitou ir conosco e ajudar para o registro das fotos.

Pretendia pegar o ônibus às 15:20, mas o ônibus passou somente às 15:31, não haviam muitas pessoas no ônibus.

 

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Chegando no Bairro Ferrazópolis, no começo com muita movimentação de carros e ônibus. Em uma praça, que fica embaixo da primeira passarela do bairro, vi um homem deitado no chão, com uma garrafa de água ao lado, blusa preta e calça azul desgastada, e estava sem sapatos, não havia circulação de pessoas a pé ali, somente do outro lado, próximo ao Hipermercado Walmart e do São Bernardo Plaza shopping, e também em direção aos estabelecimentos comerciais e pontos de ônibus, tinha  bastante circulação de pessoas a pé. Muitas pessoas desembarcaram do ônibus, e eu estava próxima de fazer o mesmo.

 

Desci na praça Brasil, às 16 horas em ponto, esperei meu namorado por exatos dois minutos, ele estava em um dos ônibus atrás do meu. Na praça alguns jovens estavam reunidos conversando e andando de skate, muitos pombos estavam pelo local.

Fomos para o ponto de trólebus, em direção a Santo André, para o Terminal Oeste, para assim, encontrar o Daniel, e a Ket na estação Celso Daniel, que fica ao lado do terminal em que chegaríamos, marcamos às 17 horas.

 

Enquanto esperávamos passou um trólebus sentido ferrazópolis escrito “Força Brasil”.

16:10 entramos no trólebus sentido Santo André, observando o centro de SBC, vi poucas pessoas nas ruas, e as que observei eram em sua maioria mulheres adultas caminhando sozinha. Há muitas lojas de automóveis do lado esquerdo, e do lado direito uma variedade de comércios.

 

Na divisa entre Sbc e Santo André, os prédios residenciais tinham em suas janelas bandeiras do Brasil. Ainda nesse local, no farol, vi homem adulto, lavando os vidros de um carro, ele estava com uma bermuda, regata e chinelo de dedo, usava um rodo pequeno e um balde com água e alguma substância dentro que fazia espuma.

Notei que as pessoas do trólebus estavam todas mexendo no celular, poucas usavam fones de ouvido, só um senhor de idade que estava lendo jornal.

 

Chegamos às 16:39 no local previsto, e fomos na parte inferior do terminal para comprar água e barrinhas de cereal. O comércio é muito vasto, haviam lojas de bolsas, de comida, de doces, caixas eletrônicos para todos os tipos de agências bancárias, lanchonetes, etc.

E após isso seguimos para a Estação Celso Daniel, chegamos lá 16:54, e o Daniel chegou no horário como o combinado.

 

Ficamos aguardando a Ket para pegarmos o trem, a região tinha muita movimentação, algumas pessoas estavam vendendo doces, roupas da copa e película para celulares.

Alguns jovens também esperavam seus amigos, uma menina, entre 18-24 anos de idade, estava com alguns bambolês, encontrou seus amigos e entrou na estação. Vimos dois adultos, uma mulher e um homem, andavam com uma criança pequena, mas que já andava sozinho, e estava com a máscara do Jason Voorhees, protagonista do filme “Sexta-feira

13”.

 

A Ket chegou um pouco depois,  às 17h15min., entramos na estação e embarcamos no trem às 17:22, rumo à Estação Brás.

 

Para mim, que nunca tinha andado de trem foi um passeio bem interessante, apesar de parecer bastante com metrô, o trem ia mais devagar e dava um ar de coisa antiga.

No trajeto, vimos rapidamente a fábrica da GM, algumas casas. Dentro do trem, uma senhora e uma adolescente vendiam chocolate e salgadinhos para os passageiros.

 

Chegamos no Brás às 17:47, pegamos o metrô para o Bairro Belém às 17:54, onde iriamos encontrar o restante do grupo. Às 18 horas, ao local combinado, já estavam lá o Murilo e a Juliana. Logo depois o Victor e a Isabela chegaram, a Isa fez uma chegada triunfal, quase caindo de emoção quando nos viu e a Talita chegou um pouco depois.

 

Quando finalmente estávamos todos juntos. fomos em direção ao Bairro Vila Maria Zélia, quem estava nos guiando era o Murilo, que por já ter trabalhado na região e sabia melhor como chegar lá.

Pegamos um ônibus na frente da estação Belém, tivemos problemas com o motorista, ele disse que estava atrasado, ordenou para entrarmos logo, e dirigia muito rápido, confundiu quem havia pago a passagem com que não tinha pago, e acabou por ficar travando a catraca, e o ônibus estava muito cheio. O que afetou a observação do caminho.

Ele não parou no ponto certo, as pessoas começaram a reclamar, incluindo nós, pois tivemos que andar mais do que precisávamos, e já estava escuro e com pouco movimento nas ruas, elas estavam enfeitas com bandeirinhas do Brasil, o Murilo nos conduzia como se fosse um guia turístico, e falava das empresas que haviam no bairro.

 

Chegamos ao evento às 18:50, considerando que sai de casa às 15:13, meu trajeto durou mais de três horas. Do lado de fora, tinha um banner do evento, que tiramos foto, nesse momento estávamos bem ansiosos, e nos perguntando como seria lá dentro.

 

No evento já estava tudo montado, mesmo estando marcado para às 19 horas, o ambiente estava enfeitado com bandeirinhas verde e amarelo, em clima de copa junina, algumas pessoas já chegavam, mas ainda estava relativamente vazio.

 

Logo na entrada, fomos recebidos pelo Sr. Dedé, morador da vila e considerado guardião da mesma, que nos falou um pouco sobre a história da Vila, disse que muitos estudantes fazem trabalhos sobre a mesma, por ela ser uma Patrimônio Histórico Cultural tombado, muito simpático, disse para ficarmos à vontade e visitar a vila toda, não só a festa. E assim fizemos, primeiro andamos pelo evento, entramos na pequena igreja que ali havia, dentro da própria festa. Era um ambiente agradável, a igreja estava bem cuidada, apesar de algumas rachaduras na parede, que denunciavam ser uma estrutura antiga, antes de entrarmos haviam outras pessoas que também a observava como se nunca tivesse entrado ali, provavelmente visitantes assim como nós.

 

Depois analisamos as comidas, para consumir ali, era preciso primeiro ir para o caixa e comprar as fichas, podia ser no dinheiro ou cartão. Registramos o cardápio e os preços dos alimentos, a comida era basicamente típica de festa junina, cachorro quente, curau de milho, bolinho de milho, pamonha, doces caseiros, pipoca, mas também tinham pizza, fogazza, pastel, empada, entre outras coisas. Para beber também tinham as bebidas mais típicas de quermesse, como, vinho quente, quentão, suco de milho, mas também havia a possibilidade de beber cerveja, refrigerante, suco ou água.

 

A maioria das pessoas que estavam trabalhando nas barracas eram pessoas de idade, elas eram bem atenciosas e divertidas.

 

No local, também haviam mesas, que naquele momento estavam vazias, e no fundo um palco, que também se encontrava vazio no momento.

 

Como não tinha muita movimentação, fomos passear pela Vila, como sugeriu o Sr. Dedé. As casas têm muros baixos, em clima de copa, muitas estavam com bandeiras, ou até mesmo pintadas de verde e amarelo, o chão também estava pintado, com desenhos de bola de futebol. Crianças andavam àquela hora da noite sozinhas pelas ruas da vila, a pé ou de bicicleta tranquilamente, fora isso, além de nós, quase não vimos pessoas fora de suas casas, vimos grafites nos muros, e umas construções antigas.

 

Fomos convidados a conhecer o centro de memorias da vila, pela Camila, amiga do Murilo, que é a atual presidente da associação cultural da vila, então decidimos aceitar, foi uma sensação muito interessante, pois haviam muitas fotos de família, e máquinas antigas que os operários usavam. Foi importante conhecer este para entender melhor em que contexto o evento que estávamos participando estava inserido, a Rose, que também faz parte da associação cultural e graduada em história, nos contou um pouco mais os pormenores de uma vila tombada, e que não é tão simples e facil como imaginamos.

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Após nosso passeio pela vila, voltamos ao evento, já estava bem cheio, era difícil até de se locomover, uma banda tocava samba no palco, muitas pessoas estavam sentadas nas mesas que antes estavam vazias, e não haviam mais mesas disponíveis, muitas pessoas também se agruparam do lado de fora, onde tinha uma pequena praça com alguns bancos e mesas, a fila do caixa estava enorme, aproveitei para comprar umas fichas antes que ficasse maior ainda.

 

Para ir ao banheiro era necessário usar o banheiro químico que ficava ao lado de fora do evento, porém logo na entrada da vila, nas pequenas praças, não era longe.

 

O evento era patrocinado por algumas empresas como a Titan e a Italac, como mostrava alguns banners espalhados pela festa.

 

Grande parte do público era adulto, as crianças que estavam lá, estavam acompanhadas por adultos, e os adolescentes estavam do lado de fora, com alguns colegas, muitos deles estavam na praça que fica ao lado, conversando.

 

Quase ninguém usava roupa típica, no máximo uma camisa xadrez, as pessoas estavam aparentemente com roupas que se sentiam confortáveis, não especificamente algo relacionado ao evento, somente uma pequena minoria, que como dito, usavam roupas xadrez. Tinham um pequeno grupo de pessoas com roupas esportivas, aparentemente de ciclismo, que comiam e conversavam entre si.

 

Era nítido que os grupos de pessoas que conversavam eram amigos ou família, as pessoas não estavam à procura de novas amizades, ou pessoas novas para conhecer, elas conversavam entre si, com seus respectivos grupos, e se divertiam.

 

Já era aproximadamente 20hrs, fomos comer, eu comi uma fogazza de calabresa e tomei refrigerante, a fogazza custou 7,00 reais e o refrigerante 5,00, a salgado era grande e muito saboroso, não fiquei com vontade de comer mais nada pois fiquei satisfeita.

 

Como estava ficando tarde, e o trajeto de volta era longo, fomos nos preparando para ir embora, como eu e meu namorado ainda estávamos comendo ficamos mais um pouco, e fomos logo em seguida, pegamos um uber para o Brás, e repetir todo o trajeto, já estava bem escuro, vimos que tinha uma espécie de quadra em baixo de uma ponte, onde garotos jogavam futebol. E quando chegamos no Brás, no lado de fora da estação, muitas pessoas dormiam nas ruas com algumas crianças. Dentro da estação encontramos a Ket e o Daniel, e voltamos juntos até Santo André, no trem haviam poucas pessoas, um senhor negro falava com os passageiros dizendo que passava dificuldades financeiras, eu consegui ajudar com dois reais, pois o resto do dinheiro que tinha era para o restante do trajeto, estávamos cansados e com dores no corpo, até mesmo sono, mas estávamos felizes por ter participado do evento.

 

Chegando em Santo André, meu namorado e eu pegamos um trólebus até o Terminal São Bernardo e depois um ônibus para minha casa. Chegamos por volta de 00h:30min., rapidamente dormi por conta do cansaço.

 

No dia seguinte, ainda estava com um pouco de dor no corpo depois de andar bastante no dia anterior , estava feliz e calma,  pensava bastante na festa da vila e como queria ter ficado mais tempo para ver o final,  eu me sentia bem e essa era a sensação, conversei com minha família sobre a experiência e expliquei como era, eles quiseram conhecer também. Eu sempre fui em festas juninas, no bairro, na escola, mas ao fazer esse tipo de pesquisa podemos enxergar as coisas de uma outra forma, como é realmente importante esse tipo de manifestação que ocorre em todo o país de diferentes maneiras, e que é muito significativo para cultura brasileira e para nossa identidade. 

No meu trajeto, passei primeiramente pelos bairros Royal Park e Marco Polo, ambos no começo com bastante vegetação e arvores, poucas pessoas na rua, muitas casas e comércios simples, pequenos mercados, bares, algumas igrejas. No primeiro, estavam reunidos em um bar e na frente do mesmo, assistindo o jogo da copa do mundo na Rússia, jogavam Alemanha x Suécia, nesse também havia duas hípicas.

Rapidamente estava no Batistini, um bairro mais movimentado, pessoas nas ruas andando com sacolas de compras, crianças brincando, e mais comércios. Seguindo em direção ao bairro Demarchi, notei que diferente dos anteriores, no seu começo vi duas empresas, a BASF e a BRAZUL, uma fica de frente para a outra, um restaurante, cujo nome é São Francisco, que estava com o estacionamento cheio, a música que tocava eu conseguia escutar mesmo no ônibus, e também um prédio residencial. Em suma, havia escolas, supermercados, bares, comércios diferenciados, como loja de doces, de roupas, açougue, bancas de jornais, muitas pessoas nos pontos de ônibus, padarias grandes, fast foods, agências bancárias e muitos prédios residenciais.

Vi duas pessoas entregando folhetos no farol, um homem e uma mulher, que estava mais a frente, só consegui registrar o homem.

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