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Quermesse Vila Maria Zélia, 

23/06/2018 

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Escolhemos o evento juntos. Num primeiro momento iríamos numa exposição,

mas depois o Murilo sugeriu que fossemos a Festa Junina da Vila Maria Zélia,

e todos nos interessamos principalmente por ser uma vila tombada e ter muito
em comum com o filme "Narradores de Javé" (no caso do filme as dificuldades 
da tentativa de 
legitimar a existência do Vale do Javé X as dificuldades que uma
vila já tombada enfrenta) que assistimos em aula e sobre a relação Modernidade

X Tradição (que é justamente a existência de um patrimônio histórico no meio
de uma metrópole como São Paulo) que vimos e discutimos no texto do Hall. 

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Daniel, Letícia e eu marcamos de nos encontrar 17h em frente à estação santo

André. Comecei a me arrumar depois do almoço (por volta das 14h), não tinha
roupa xadrez, então optei por um vestido listrado pois estava calor. Sai 16h20
de casa, o ônibus (linha 238 - Estação Santo André) demorou mais que o normal
para passar e acabei sendo a última a chegar, 17h15. A Lê estava de vestido
preto e camisa xadrez vermelha e preta, o namorado dela estava de xadrez azul

e jaqueta de couro, o Daniel estava com uma camiseta vermelha e mochila nas

costas.Depois disso marcamos de encontrar todos do grupo na estação Belém

das 18h até 18h30. Pagamos 3,00 no bilhete no trem com uns moços que
vendem fora da estação. 

 
Pegamos o trem sentidos Brás (ele não demorou para chegar). Haviam poucas

pessoas no vagão (estávamos no segundo vagão do trem), sentei ao lado do
Daniel e da Lê, o sol estava se pondo e como sempre tinham pessoas vendendo
coisas, eu comprei um chocolate snickers. O Daniel tinha uma caixinha com

brigadeiros na bolsa e dividiu com a gente. Chegamos no Brás as 17h55, subimos a escada rolante e fomos pegar o metrô sentido Corinthians Itaquera (o vagão estava cheio), 18h em ponto na estação Belém. Lá já estavam o Murilo (de camiseta preta) e a Juliana (de cabelo solto e mochila nas costas). 

 
Conversamos, o Murilo nos contou que teríamos que pegar mais um ônibus até a vila, tiramos algumas fotos e sentamos no chão. 18h20 chegou a Isa (de cabelo solto, batom vermelho e camisa xadrez) e o Victor (de camiseta branca e camisa jeans por cima aberta) que sentaram conosco pra esperar a Talita que chegou 18h30 (com uma camiseta listrada, blusa de frio e bolsa). Saímos da estação pra pegar o ônibus que já estava saindo (não vi o nome e nem o numero do ônibus pois o Murilo sabia o caminho), o motorista disse que estava atrasado e por isso correu muito passando do ponto que desceríamos. Era 18:40 e tivemos que voltar uns 5 minutos andando até a vila, o ônibus estava muito cheio. Nesse caminho encontramos um moço de camisa xadrez, na rua havia bandeiras do Brasil penduradas no fio de energia. E um pouco antes da praça da vila tinha uma empresa que o nome era a sigla de uma das nossas matérias (CTS). Na entrada da Praça que dava até a vila encontramos uma moça chamada Bruna que nos perguntou se iríamos pra quermesse ou pro samba. 

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Chegamos por volta das 18h50, tiramos foto numa faixa na entrada da vila (que era uma praça, com portão), a vila é tombada, construções antigas, cenário de novelas e clipes (Anitta, Mamonas segundo seu Dedé). Logo que entramos no corredor das comidas encontramos o seu Dedé, que estava falando sobre a vila pra gente, tiramos foto e depois disso fomos visitar a Capela (com a arquitetura também antiga, bancos, altar, bem iluminada). Na hora que chegamos não estava cheia, as pessoas que estavam lá era um público mais velho (a partir dos 30), famílias completas, e um grande grupo de ciclistas. As barracas tinham uma lona azul cobrindo, estavam na rua principal, no meio entre as barracas tinha a capela e ao lado um palco com mesas e cadeiras brancas e de plástico (nessa hora tocava sertanejo). Passeamos pela vila, que tinha muitas casas antigas, sem garagem
(os carros ficavam em garagens externas), carros de marcas famosas, casas coloridas e com uma arquitetura antiga. Havia duas escolas bem grandes e abandonadas, com arvores saindo de dentro e marcas de queimado.  

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Pouca, quase nenhuma pessoa negra, a maioria loira do olho claro.  Voltamos pra
quermesse e conhecemos a Camila (estatura média, cabelos curtos e grisalhos,
usava óculos de grau e camiseta vermelha) que é presidente da associação cultural
e já fez faculdade com o Murilo e nos levou ao pequeno centro de memórias da Vila,
onde tinha a Rose formada em história que nos contou bastante sobre a vila e as
dificuldades de um lugar tombado, ao entrar assinamos nosso nome e e-mail num 
caderno, não era um lugar grande, havia fotos, maquetes de algumas casas, duas 
máquinas enferrujadas (Rose disse que era de uma antiga sapataria que funcionava
naquele mesmo lugar).

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Saímos do centro e Murilo e Letícia foram comer. Eu e o restante do pessoal ficou

sentado no meio fio esperando (não havíamos sentado desde que chegamos).
Era 20h51, estava tocando samba e a quermesse estava lotada. Fomos andando 
para o ponto numa avenida para pegar o ônibus até a estação. Chegamos no metro
21:30, eu comprei o bilhete, vimos um menino pular a catraca e os seguranças foram
atrás dele, mas como entramos no metro não vimos o que aconteceu. A Talita foi por
um caminho diferente. Pegamos o metro sentido Palmeiras Barra Funda, Daniel, Le e
Eu descemos no Brás pra fazer baldeação e pegar o trem sentido Rio Grande da Serra.
Era 22:03, vi uma conhecida no vagão, ao lado dela tinha um moço com um longboard,
uma moça com a sacola da tupperware, um outro rapaz com a camiseta do Batman, eu
sentei ao lado do Daniel de novo e esse vagão também estava vazio. Tinha um moço vendendo trident e kit kat. Estávamos chupando bala quando entrou um senhor negro pedindo ajuda financeira, mostrando um currículo dizendo ter dificuldades de encontrar emprego, a Letícia deu 2 reais e umas moedas pra ele.  

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Nos separamos ao chegar em santo André. Peguei o 238 - Los Angeles novamente, fui pra casa e tinha um lugar pra ir, era 23h05. Me troquei (estava de vestido, coloquei short, camisa estampada e chinelo). Fui pra casa de um amigo encontrar uma pessoa, bebi vodka, voltei pra casa 2h30 da manhã pois estava com dor nas pernas. No outro dia acordei tarde, umas 12h30. Ainda sentia dor nas pernas por ter ficado muito tempo em pé na quermesse e durante a visitação da vila. A visita me fez abrir os olhos para algumas questões que antes não tinha me atentado, não fazia ideia das dificuldades que as pessoas residentes de lugares tombados enfrentam, pois normalmente os proprietários tem que manter a estrutura da casa mas não recebem nenhuma ajuda financeira pra que consigam fazer ajustes que não interfiram, tendo que morar em casas que apresentam risco de desabamento (por exemplo) ou até mesmo procurar outros lugares para viver. 

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